Vinho velho realmente é bom?

Você com certeza já escutou a frase: “vinho bom é vinho velho", mas ela nem sempre é verdadeira. Há diversos fatores a serem considerados na hora de decidir envelhecer um vinho.

Tanino, acidez, álcool e açúcar

Para poder envelhecer, um vinho precisa ter estrutura robusta. Basicamente o vinho deve ter uma boa base de taninos, ou acidez, ou álcool, ou açúcar residual. Ou uma combinação de alguns desses fatores mais a base de uva de boa qualidade.

Geralmente os vinhos de guarda também costumam ter uma ótima relação entre esses taninos e a acidez, pois não adianta o vinho ser extremamente tânico e não ter acidez. Sem ela, ele perde frescor rapidamente. Por fim, sem uma base rica de fruta (uva boa e madura), com o tempo o vinho ficaria completamente sem gosto.

Vamos usar o exemplo dos grandes vinhos de Bordeaux (França), que podem envelhecer bem por cerca de duas décadas ou, às vezes, mais do que isso. Quando novos, esses vinhos são muito tânicos, ácidos e frutados.

Essa é a combinação perfeita para um bom envelhecimento. Com o tempo, os taninos vão ficar mais suaves e redondos, a acidez vai conservar o frescor da bebida e a fruta ainda estará presente, delicada e não tão opulenta.

Outros vinhos que costumam envelhecer bem são os doces e fortificados. Aí entram os outros dois fatores citados anteriormente: álcool e açúcar residual. Os Vinhos do Porto e Sauternes são exemplos e alguns podem durar até séculos em adega se bem condicionados.

Alguns dos vinhos da Adega Dorna que tem poder de guarda

• Sauternes Château Les Comperes

• Louis Eschenauer Tinto Bordeaux

• Calvet Prestige Bordeaux

• Grand Bateau Bordeaux

• Chateau Du Grand Puch Bordeaux Superior

• Jerez Cruz Conde PX 20 Años Solera Fundación 1902

• Jerez Cruz Conde PX 5 Años Solera 1902 Dulce Natural