VINHOS E QUEIJOS, COMBINAÇÃO DE LONGA DATA

Esta união é antiga, muitos falam que surgiu na França. Nas famosas vinícolas francesas, com o principal lema “para vender vinhos, sirva queijos”, ou seja, além de servirem vinhos do país, usavam também dos deliciosos queijos formando assim uma combinação perfeita que agradava ao paladar. Fazendo assim que todas as dúvidas sobre os rótulos fossem sanadas e assim fechando as vendas.

Conforme, especialistas podem ser identificados sete tipos de queijos:

  • Temperados;
  • Azuis;
  • Duros;
  • Semi moles;
  • Brancos moles;
  • Frescos curados,
  • Frescos

Conhecendo um pouco sobre eles, já podemos ter uma ideia de qual vinho harmonizá-los, abaixo saiba um pouco mais sobre eles:

1. QUEIJOS AZUIS

Apreciados ao redor do mundo pelo o seu sabor forte e marcante, está intensidade deve-se as colônias de fungos, mas não preciso se preocupar, estes seres não fazem mal ao organismo humano, podendo serem consumidos sem problemas. Exemplos mais famosos desta categoria são o Roquefort e o Gorgonzola – os queijos deste grupo se assemelham, por terem o gosto forte, além de textura macia e a consistência mais quebradiça. Pelo o seu sabor forte, são perfeitos para degustação com vinho, entretanto não pode haver briga no paladar, por isso é importante cautela quando for harmonizar, é recomendado um equilíbrio entre as nuances salgadas do queijo com a doçura de um bom vinho licoroso, como um Porto ou Colheita Tardia.

2. QUEIJOS GORGONZOLA

Produzidos, originalmente nas regiões de Piemont e Lombardia, na Itália, feito exclusivamente com leite de vaca, diferentemente do Roquefort onde a matéria-prima é o leite das ovelhas. Popularmente, existem dois tipos de Gorgonzola, a primeira versão mais picante pela presença dos fungos no sabor, já a segunda opção apresenta sabor mais doce, menos salgado e com mais cremosidade. A versão mais popular no mercado seria a primeira, sendo também a mais replicada na tentativa de releituras em demais países. Por isso na hora de harmonizá-lo é sempre importante prestar bastante atenção em qual das duas modalidades se está degustando, se o gorgonzola for o picante, é de praxe combiná-lo com vinhos mais intensos e aromáticos, com uma tendência mais adocicada, como o Porto, Madeira, Moscateis, Colheita Tardia que tragam as uvas Sémillon ou Gewürztraminer, uma vez que, não se é recomendado arriscar com vinhos fortes que apresentem taninos persistentes, para que deste modo não haja embate com o salgado do queijo. Agora, se o gorgonzola que se está harmonizando for a versão “doce”, é a hora de casa-lo com um tinto potente, além de mais concentrado, com um teor alcoólico elevado, pois o álcool já apresenta sensação de doçura.

3. QUEIJO FETA

Produzidos a partir de leite fresco de cabra ou ovelhas, tradicional da cultura grega. Apresenta coloração branca, baixo teor de gordura e em boca peculiar, puxando para o salgado, no visual assemelhasse aos queijos frescos brasileiros, sem casca na superfície e sem furos. Utilizado em recheios para sanduíches e tortas, como ingredientes em receitas de carnes e saladas e até mesmo com massas folhadas. No momento de harmonizá-lo é preciso tomar cuidado, pois assim como os queijos frescos em geral, não caí muito bem com vinhos tintos muito fortes, pois algumas vezes o conjunto dos componentes dois, como os taninos marcados e até mesmo alguns sabores amadeirados acabam por apagarem a presença do queijo. Com essas considerações, uma boa escolha, seriam os vinhos brancos; já que a leveza e a frescos, são o que caracterizam esta bebida e conversam muito bem com os queijos frescos. Por isso invista em vinhos com Chardonnay e Riesling.

4. QUEIJO PRATO

Possivelmente o queijo mais conhecido e utilizado da cozinha mundial, pela sua praticidade e por sua produção e comercialização em grande escala, utilizado em diversas receitas. Apesar de famoso, ele não é considerado um queijo expressivo, quando desejasse provar mais de suas nuances e possibilidades no paladar sempre é indicado o prato artesanal. Mesmo em sua forma artesanal, recomendasse acompanha-lo com vinhos leves e aromáticos, como os da uva Sauvignon Blanc.

5. QUEIJO DE MINAS FRESCAL

Queijo fresco e leve com pouca gordura, é caracterizado pelo sabor de leite fresco e pela acidez pronunciada. Utilizado com maior frequência em refeições diurnas e não em refeições que acrescentamos uma taça de vinho. Isso não se torna um empecilho para desfrutar desse queijo com a nossa bebida preferida. Quando fizer esta escolha, opte por vinhos brancos, sutis e delicados produzidos com Sauvignon Blanc, que costumam ser mais aromatizados, por outro lado também é possível combinar com vinhos brancos portugueses.

6. QUEIJO MEIA CURA

Marcante por ter consistência seca, mas sabor acentuado por nuances bem diferentes de acordo com o grau de maturação. Normalmente de sabor suave, mas quando jovem tende a ter o gosto mais picante. Consumido em sua grande parte com pão de queijo, café, cervejas e cachaças, harmoniza perfeitamente com vinhos tintos mais de corpo médio e até mesmo com brancos com mais densidade.

7. QUEIJO CAMEMBERT

Feito a partir do leite da vaca, possui casca aveludada, pasta mole e sabor intenso, com leve sensação de picante e textura suave, combinando com vinhos tintos mais leves, como os Merlot ou Pinot Noir e até mesmo brancos, com Chardonnay.

8. QUEIJO MUÇARELA Por ser um queijo versátil, isso reflete também quando vamos harmoniza-lo, por apresentar um sabor neutro, a escolha do vinho irá de acordo de como será utilizado. Se for gratinado seria o ideal um vinho não muito pesado, mas que seja predominante, tais como os tintos jovens italianos. Mas se for servido apenas muçarela pura ou temperada com azeite e ervas sugere-se vinhos mais sutis e elegantes como os espumantes.

9. QUEIJO PARMESSÃO

A iguaria mais conhecida e utilizada, tem estrutura granular, levemente picante possui origem italiana geralmente servido com vinhos com teor alcoólico maior e assim como com taninos mais presentes.

10. QUEIJO PROVOLONE

Após ser cozido na água quente, passa pelo processo de defumação enquanto está pendurado em cordas e barbantes. Apresenta sabores complexos e intensos que se aproximam de acordo com o tempo de maturação, por este motivo o ideal é combinar com vinhos de corpo médio e acidez moderada, podendo se apostar em vinhos feitos a partir de Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc.

11. QUEIJO DE CABRA MATURADO DE MOFOS BRANCOS

Com visual em forma de pirâmide chanfrada, gosto fresco, capim e aromas de frutas secas, úmido e macio apresenta casca de mofos brancos que se desenvolvem a partir de uma camada de carvão vegetal. Ligeiramente ácido e forte em boca, consumido em geral com saladas, vegetais e mel; sendo assim não caracterizado com o gosto forte do leite de cabra. Por isso, casa perfeitamente com Gewürztraminer aromáticos e até mesmo Moscateis secos.

12. QUEIJO GRUYÈRE

Ultrapassando as fronteiras da França e Suíça, e conquistando o mundo. Traz notas de castanha, consistência dura, quantidade considerável de sal, o que influencia a escolha da bebida de acompanhamento. Bastante utilizado no preparo de fondues, acompanha maravilhosamente tintos secos, com sabores persistentes, por apresentar notas amadeiradas, fundisse com a bebida gerando uma combinação harmônica. Mas, agora se os brancos são a sua primeira escolham, fique tranquilo que os produzidos a partir da Chardonnay também se harmonizam.

Com essas dicas, você já pode brincar de harmonizar queijos e vinhos perfeitamente e surpreender seus convidados, além de sempre saber quais vinhos buscar, e deixar todos encantados com suas combinações que o frio que chega nos proporciona.