Qual a diferença do vinho de mesa para o vinho fino?
Os termos, vinho fino e vinho de mesa, são nomenclaturas oficiais oficias que não podem ser usadas indiscriminadamente, há regras que determinam o que é um e o que é outro e o uso não correto pode gerar penalidade para as empresas que não seguirem as normas.
Existem 5 características que definem cada um.
Vinho Fino
• São produzidos somente com uvas Vitis viníferas, espécie de videira que nasceu na Eurásia – continente que vai do leste da Europa até o extremo da Ásia- estudos apontam que as primeiras videiras da espécie Vitis viníferas nasceram no que hoje é a Geórgia.
• Aspectos mais claros e límpidos, mais vivacidade dos tons dos vinhos produzidos com as uvas Vitis Viníferas, as cores se destacam pelo brilho.
• Maior complexidade de aromas. Sendo um dos principais agregador de aromas para o vinho a casta da uva, as Vitis viníferas são mais grossas e acumulam maior quantidade de essências aromáticas.
• Sabores delicados e maior variedade, pela mesma ideia dos aromas, pela maior acumularem maior quantidade de substâncias havendo maior diversidade de sabores.
• Com processo de fabricação mais rigoroso, seguindo uma série de normas e padrões de qualidade. Para a produção de vinhos finos, as regras são mais rígidas desde a plantação do vinhedo até a vinificação, passando pela colheita, garantindo produtos de altíssima qualidade.
Vinho de mesa
• Feito a partir de outras uvas. Podem ser utilizadas uvas de outras espécies que não a Vitis viníferas, no Brasil a Vitis Labrusca é a mais utilizada.
• Com coloração mais opaca, os vinhos produzidos com uvas não-viníferas têm tons com menos – e as vezes sem- brilho. Pelo fato de terem substâncias coloríficas mais rústicas e em menor quantidade em comparação com as Vitis viníferas.
• Aromas rústicos, por não possuírem a casca tão grossa quanto a Vitis viníferas, assim como menos substâncias aromáticas guardadas em si, gerando assim uma menor complexidade aromática.
• Sabor intenso, mas sem amplitude, justamente pelo fato de não ter muitas substâncias para trazer maior amplitude de sabores.
• O processo de elaboração que admite outros produtos além das uvas, por não ser regulamentado, o processo de vinificação aceita o que o produtor quiser, por vezes, podendo trazer problemas de saúde como por excesso de sacarose- açúcar de cana- ou adição do álcool não proveniente do vinho. Vale ressaltar que essas regras servem para vinhos produzidos ou comercializados no Brasil. Por isso os vinhos importados não seguem as mesmas regras que os brasileiros, muito pelo contrário, cada país possui as suas próprias regras e nomenclaturas.