Nem todo vinho fica melhor com o tempo Esse é um dos principais mitos do universo do vinho. Na verdade, apenas 5% dos vinhos produzidos no mundo são considerados de guarda: feitos para serem armazenados por anos ou décadas até o consumo. Os outros 95% são vinhos para degustação imediata. Ou seja, saem das vinícolas prontos para o consumo, sem a necessidade de envelhecer na garrafa por determinado tempo para chegar no auge dos aromas e sabores. O que faz um vinho estar no ponto para consumo é o seu grau de maturidade. O que isso significa? Que a maturação é o auge de sabor da bebida, pois é nesse momento que as suas propriedades estarão em perfeita harmonia, realçando e valorizando os componentes taninos e aromáticos. Sendo assim, não é que o vinho terá um sabor melhor porque ficou mais tempo guardado. Na verdade, existem características próprias da produção de cada tipo de vinho que exigem que ele seja consumido depois de algum tempo de fabricado ou não. Uma das razões que propicia o envelhecimento do vinho por um longo período é a quantidade de tanino com a qual ele foi produzido, já que existem reações químicas durante o processo de maturação que reduzem o efeito “amarrar a boca” causado por ele, deixando o vinho mais leve para consumo. Vale lembrar que o tanino é uma substância química que já faz parte da uva, concentrando-se na sua casca. A sua presença é mais comum em vinhos tintos, secos e encorpados. Por isso, é normal que os vinhos de guarda, normalmente com as características anteriores, sejam os que necessitam de um tempo maior de amadurecimento.